PREFEITURA MUNICIPAL DE TERRA DE AREIA
MEMORIAL DESCRITIVO
 
Este memorial tem por finalidade estabelecer as normas e especificações 
técnicas dos materiais e serviços a serem empregados na execução do objeto 
infracitado, devendo cada item ser rigorosamente observado pelo executante, 
para que sejam alcançados os resultados esperados pela administração 
pública municipal. 
1. OBJETO 
 
1.1. Obra 
 
Pavimentação com bloquetos
drenagem pluvial (tubulação e bocas de lobo), instalação de meio
concreto pré-moldado, e execução de passeios públicos em concreto armado.
 
1.2. Localização
 
Rua Adelina Ronconi, conforme planta de Situação 
Serraria, Terra de Areia / RS.
 
1.3. Período de Execução 
 
A empresa contratada deverá executar a obra em um prazo máximo de 
(cento e vinte) dias corridos a contar da ordem de serviço.
 
 
2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
 
2.1. As Empresas 
a obra antes de elaborarem a proposta, para estarem cientes das 
condições do mesmo, e apresentarem "
momento da licitação. Cabe nesta visita o levantamento preliminar 
dos pontos d
existentes e provisórios, locais para guarda de insumos e 
equipamentos e tudo mais que se fizer necessário para execução, 
desde os serviços iniciais, até a entrega final da obra. 
 
2.2. Será de responsabilidade da e
recolhimento de ART 
 
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 
PREFEITURA MUNICIPAL DE TERRA DE AREIA 
 
 
 
MEMORIAL DESCRITIVO 
Este memorial tem por finalidade estabelecer as normas e especificações 
técnicas dos materiais e serviços a serem empregados na execução do objeto 
devendo cada item ser rigorosamente observado pelo executante, 
para que sejam alcançados os resultados esperados pela administração 
 
 
Pavimentação com bloquetos de concreto pré-moldados, incluindo a rede de 
drenagem pluvial (tubulação e bocas de lobo), instalação de meio
moldado, e execução de passeios públicos em concreto armado.
Localização 
Rua Adelina Ronconi, conforme planta de Situação / Localização, cito ao Bairro 
Serraria, Terra de Areia / RS. 
Período de Execução  
A empresa contratada deverá executar a obra em um prazo máximo de 
(cento e vinte) dias corridos a contar da ordem de serviço. 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
As Empresas interessadas deverão visitar o local a ser executada 
a obra antes de elaborarem a proposta, para estarem cientes das 
condições do mesmo, e apresentarem "Declaração de Visita"
momento da licitação. Cabe nesta visita o levantamento preliminar 
dos pontos de captação de água, energia elétrica, acessos 
existentes e provisórios, locais para guarda de insumos e 
equipamentos e tudo mais que se fizer necessário para execução, 
desde os serviços iniciais, até a entrega final da obra. 
Será de responsabilidade da empresa contratada a emissão e o 
recolhimento de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, 
Este memorial tem por finalidade estabelecer as normas e especificações 
técnicas dos materiais e serviços a serem empregados na execução do objeto 
devendo cada item ser rigorosamente observado pelo executante, 
para que sejam alcançados os resultados esperados pela administração 
moldados, incluindo a rede de 
drenagem pluvial (tubulação e bocas de lobo), instalação de meio-fio de 
moldado, e execução de passeios públicos em concreto armado. 
/ Localização, cito ao Bairro 
A empresa contratada deverá executar a obra em um prazo máximo de 120 
interessadas deverão visitar o local a ser executada 
a obra antes de elaborarem a proposta, para estarem cientes das 
Declaração de Visita" no 
momento da licitação. Cabe nesta visita o levantamento preliminar 
e captação de água, energia elétrica, acessos 
existentes e provisórios, locais para guarda de insumos e 
equipamentos e tudo mais que se fizer necessário para execução, 
desde os serviços iniciais, até a entrega final da obra.  
mpresa contratada a emissão e o 
Anotação de Responsabilidade Técnica,

relativa ao serviço a ser executado e entregar duas vias no 
departamento de engenharia da prefeitura antes do início do 
serviço. 
 
2.3. A obra será executada em obediência aos projetos apresentados 
que definirão seus aspectos arquitetônicos, de engenharia e 
instalações. A execução dos serviços deverá atender 
completamente as recomendações presentes na norma da ABNT 
NBR 15953 ? Pavimento Intertravado com peças de concreto. 
 
2.4. Modificações que possam haver no decorrer da construção 
deverão ser acertadas e documentadas previamente entre as 
partes interessadas.  
 
 
3. DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 
3.1. Sobre os serviços não contemplados neste memorial 
 
3.1.1. Serviços omissos, como escavações, remoção de meios-fios 
velhos, demolição de pavimento asfáltico, transporte, bem como 
outros não contemplados neste memorial devem ser executados 
de acordo com as especificações contidas no caderno de 
encargos do município de Porto Alegre, disponível em 
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smov/default.php?p_secao=130. 
  
3.1.2. Numa eventual situação em que as especificações do caderno de 
encargos do município de Porto Alegre sejam controversas ou 
inaplicáveis, o fiscal definirá os critérios de execução e medição 
do serviço, mediante solicitação e justificativa por parte da 
empresa contratada. 
 
 
3.2. Qualidade 
 
3.2.1. Caberá a empresa contratada a responsabilidade do fornecimento 
de todos os materiais, equipamentos, máquinas, ferramentas, 
bem como a mão de obra necessária à boa execução da obra. 
 
3.2.2. Será de responsabilidade da empresa contratada, reforçar, 
adequar ou substituir seus recursos de equipamentos, máquinas, 
ferramentas, veículos, equipamentos de proteção individual e 
coletivos, instalações ou pessoal, caso seja constatada a 
inadequação para a realização dos serviços. 
 
3.2.3. A contratada deverá zelar pela qualidade dos materiais utilizados 
e dos serviços prestados. À contratante é reservado o direito de 
impugnar a aplicação de qualquer material, desde que sua 
procedência e desempenho sejam considerados duvidosos pela

fiscalização, salvo a apresentação de laudo técnico emitido por 
laboratório acreditado pelo Inmetro que comprove a boa 
qualidade deste. 
 
3.2.4. O fornecimento, montagem e instalação dos equipamentos devem 
seguir as recomendações das normas técnicas brasileiras da 
ABNT vigentes. Em caso de alguma divergência entre as 
especificações deste memorial e as normas técnicas, 
prevalecerão aquelas contidas nas NBR?s. 
 
3.2.5. Se, em qualquer fase da obra, a fiscalização tomar conhecimento 
de serviços mal executados no tocante a níveis, prumos, 
esquadros etc., ou materiais inadequados, fica reservado a ela o 
direito de determinar sua demolição, cabendo a Empreiteira o 
ônus em refazer tais serviços. 
 
 
3.3. Segurança 
 
3.3.1. Será de responsabilidade da contratada o fornecimento de 
equipamentos de proteção individual (EPI's) e equipamentos de 
proteção coletiva (EPC's), bem como manter a gestão de 
segurança do trabalho de modo a evitar acidentes, tanto do lado 
dos operários como, aqueles causados pelo manuseio de 
máquinas e equipamentos. 
 
3.3.2. A empresa contratada deverá tomar as devidas precauções 
quanto a disposição de máquinas, materiais e equipamentos, 
considerando a segurança de terceiros e as boas condições de 
andamento dos serviços.  
 
3.3.3. A proteção dos materiais e serviços executados caberá a 
contratada, que terá a responsabilidade de vigilância da obra até 
a sua entrega, não cabendo ao Município o encargo por 
quaisquer danos e sinistros que venham a ocorrer devido a furtos 
e danos aos insumos e construções, mesmo que, eventualmente, 
já tenham sido objeto de medição atestado pela fiscalização.  
 
 
3.4. Custos e Prazos 
 
3.4.1. Os custos de transporte de funcionários, EPI's (Equipamentos de 
proteção Individual), EPC's (Equipamentos de proteção Coletiva), 
alimentação, taxas, emolumentos, mobilização e desmobilização, 
projetos de engenharia, locação, entre outros, bem como o BDI 
(referente aos serviços), assim como o recolhimento de todos os 
encargos decorrentes dos serviços a serem prestados, deverão 
ser previstos pela contratada, estando inclusos nos preços 
unitários de cada serviço, salvo se explicitados na planilha de 
quantidades.

3.4.2. É de responsabilidade da empresa contratada, o controle do 
cronograma (tempo) para a realização dos serviços e dos prazos 
contratuais. 
 
3.4.3. A obra será considerada concluída após o término de todos os 
serviços e quando presentar perfeitas condições de 
funcionamento, segurança, conforto e limpeza. Caso seja 
necessário, testes de carga padronizados poderão ser solicitados 
pela fiscalização. 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES QUANTO À EXECUÇÃO 
 
 
4.1. Especificações dos Materiais 
 
4.1.1. Blocos de concreto intertravado (bloquetos) 
 
A empresa deverá fornecer blocos maciços de concreto feitos em máquinas de 
vibro-compressão, com faces laterais verticais, espessura de 8,0 cm, de 16 
faces (ver Figura 01), e resistência à compressão característica fck igual ou 
superior a 35 Mpa. Cada peça deverá ter espaçadores nas faces verticais (um 
por face) com o fim de proporcionar um espaçamento uniforme entre as peças 
e possibilitar melhor rejuntamento. Também deverão ter chanfros entre a face 
superior e as laterais, de forma a melhorar o aspecto da peça, facilitar sua 
manipulação e ajudar no rejuntamento. 
 
 
Figura 01 - Modelo do bloqueto de concreto. 
 
 
Todas as peças deverão ser fabricadas de acordo com as especificações da 
ABNT NBR 9781 ? ?peças de concreto para pavimentação ? especificação?. 
 
A empresa deverá fornecer às suas expensas, ensaios para verificação da 
qualidade dos blocos de acordo com a ABNT NBR 9780 ?peças de concreto 
para pavimentação ? método de ensaio?, sobretudo no que se refere à

amostragem e composição de lotes, devendo ser retiradas 6 (seis) peças a 
cada 1000 m² e enviadas à CIENTEC. A fiscalização fará a escolha das peças 
a serem ensaiadas.  
 
Comprovado à fiscalização o fornecimento de blocos por um determinado 
fabricante, caso este apresente selo de qualidade vigente emitido pela 
Associação Brasileira de Cimento Portland para o item "Peça para 
pavimentação - Pavimento - Classe - 35 MPa", fica dispensado, o executor da 
obra, da realização de ensaios das peças aplicadas. 
 
O concreto a ser utilizado na fabricação dos blocos não deve ter agregados 
graúdos, estes não poderão ultrapassar diâmetro superior a 9,50 mm (3/8").  
 
O processo de fabricação deverá contar com controlador de umidade de 
concreto, bem como um processo de cura que assegure homogeneidade, 
estando vedada a cura natural ao ar livre. 
 
Os materiais deverão ser identificados segundo sua data de fabricação e serem 
fornecidos acondicionados em pallets ou estrados de madeira. 
 
A fiscalização não aceitará as peças que não atenderem às especificações 
acima, não se responsabilizando por prejuízos que venham a ter a empresa por 
devolução de materiais não aceitos. 
 
 
4.1.2. Cordões (meio-fio) 
 
Os cordões serão pré-moldados de concreto, obtidos no traço 1:3:3 (cimento, 
areia e brita), com fck = 15 Mpa. O formato será trapezoidal e terá as 
dimensões a seguir descritas (ver Figura 02): 
 
 - Base = 15 cm 
 - Face superior = 13 cm 
 - Altura = 30 cm 
 - Comprimento = 100 cm. 
 
 
Figura 02 - Modelo de meio-fio.

4.2. Especificações dos Serviços para Execução 
 
 
4.2.1. Projetos 
a) Estudo de tráfego 
As via a serem pavimentadas são locais residenciais, logo, com base na tabela 
abaixo, seu Número N adotado foi de 1x10
5
. 
 
 
a) Estrutura do pavimento 
Os pavimentos de blocos pré-moldados de concreto para vias urbanas são 
dimensionados por dois métodos de cálculo preconizados pela ABCP? 
Associação Brasileira de Cimento Portland. 
O método aqui adotado é o Procedimento A (ABCP-ET27). Sua adoção deu-se 
por ser o mais recomendado para vias de tráfego muito leve, N típico até10
5 
solicitações do eixo simples padrão.

b) Camada de sub-base 
Quando o N<5x10
5
, o material da sub-base deve apresentar um valor de 
CBR>20%; se o subleito natural apresentar CBR > 20% fica dispensada a 
utilização da camada de sub-base. 
Por já haver tráfego consolidado e o material visivelmente apresentar boa 
qualidade foi adotado, com base no conhecimento técnico do solo da região, 
7% < CBR < 20%. 
Por apresentar CBR inferior a 20%, foi necessária a adoção da camada de sub-
base. O gráfico abaixo fornece a espessura necessária de sub-base em função 
do valor de CBR e do número N. 
 
c) Camada de base 
 
Para tráfego N<1,5x10
6 
a camada de base não é necessária. 
 
d) Camada de revestimento 
Os blocos de concreto pré-moldados devem atender às especificações e 
também seguir as orientações das normas brasileiras NBR 9780 e NBR 9781 ? 
Peças de concreto para pavimentação, as quais fornecem informações 
precisas no que concerne a materiais utilizados, características geométricas 
das peças, métodos de ensaio, além de procedimentos de inspeção, aceitação 
e rejeição das peças.

A espessura dos blocos é determinada através do tráfego solicitante, conforme 
tabela abaixo: 
 
e) Resultados 
De posse do número N, CBR e das diretrizes acima apresentadas, a estrutura 
obtida é a que segue: 
 
? Sub-base de base granular: 10 cm; 
? Camada de assentamento de areia: 5 cm; 
? Camada de rolamento com blocos de concreto pré-moldados: 8 cm.  
 
Embora por norma seja solicitada espessura de 6cm, é usual adotar-se 
espessura mínima de 8cm para vias urbanas, espessura de 6cm são utilizadas 
apenas para passeios e áreas de estacionamento de veículos leves. Na própria 
tabela SINAPI não consta serviço de pavimentação com bloco de concreto para 
via urbana com 6cm, os itens partem da espessura de 8cm. 
 
f) Drenagem 
O projeto de drenagem foi desenvolvido objetivando conferir a máxima 
eficiência ao sistema. O dimensionamento foi realizado através do software 
Drenar, desenvolvido pela Sanegraph. A determinação das bacias de 
contribuição deu-se pela análise das cotas e vistorias in-loco. 
Os coeficientes utilizados são os apresentados a seguir: 
? Dados de chuva: Foram utilizados os dados de chuva da região 
metropolitana de Porto Alegre, região mais próxima com dados 
disponíveis no software; 
? Tempo de concentração: 10 minutos, conforme aconselhado por 
diversos autores; 
? Precipitação: com base nos dados de chuva e utilizando a fórmula de 
Otto, a precipitação obtida foi de 124,06 mm/h; 
? Tempo de recorrência: 10 anos, conforme aconselhado por diversos 
autores para obras de microdrenagem; 
? Velocidade mínima: 0,50m/s. Foi adotado valor baixo, pois velocidades 
mínimas maiores implicariam em caimentos de rede que exigiriam cota

de deságüe inferior à disponível no local; 
? Controle de remanso:90%; 
? Coeficiente Runoff (C): Baseado em tabelas disponíveis na literatura 
referente ao assunto, a qual recomenda coeficiente de 0,40 a 0,50 para 
áreas com casas e jardins, foi adotado coeficiente de 0,50 visando à 
segurança. 
Informações referentes ao dimensionamento, como vazões, diâmetro e 
inclinação da rede, áreas das bacias de contribuição entre outros estão 
apresentados nas planilhas de dimensionamento e nos projetos de drenagem. 
 
g) Projeto geométrico 
Por se tratar de perímetro urbano com grande incidência de moradias, logo, 
com traçado já definido, no desenvolvimento do projeto geométrico fez-se 
necessário manter os alinhamentos horizontais e verticais existentes, situação 
esta necessária para evitar ao máximo interferências com cercas/muros e 
postes existentes, nem criar grandes desníveis entre a pista e a soleira das 
moradias. 
No projeto horizontal, quando necessário, foram utilizadas curvas do tipo 
circular simples. Já no projeto vertical as curvas utilizadas foram do tipo 
parábola. Conforme já citado anteriormente, a inclinação das rampas teve 
como parâmetro criar o menor grau possível de interferência às residências. 
O caimento da pista adotado foi de -2% para cada lado, exceto na Rua Adelina 
Ronconi na qual, pelas soleiras das residências estarem com cota superior ou 
inferior em relação ao outro bordo da pista, adotou-se caimento único 
objetivando evitar ao máximo a criação de grandes desníveis entre a pista e a 
soleira das residências. 
Em alguns pontos, devido ao baixo offset ocasionado pela pouca distância 
entre alinhamento de muros, não foi possível prever o deslocamento de postes 
de energia elétrica existente, logo, não foi possível projetar passeio nestes 
pontos, entretanto não se comprometeu a trafegabilidade dos pedestres e 
portadores de necessidades especiais. Em alguns trechos, pelos mesmos 
motivos, também não foi possível projetar a faixa de serviço em sua largura 
mínima de 0,70m. 
h) Topografia 
Os serviços topográficos foram realizados por profissionalqualificado através do 
sistema RTK.

Todos os pontos levantados estão georreferenciados ao Sistema Geodésico 
Brasileiro e encontram-se representados no Sistema UTM, referenciados ao 
Meridiano Central 51°, fuso 22 S, tendo como Datum o SIRGAS 2000. 
Foram levantados todos os pontos referentes à estrutura existente e de 
importância ao desenvolvimento do projeto, tais como sistema de drenagem, 
meio fio, postes, etc. Foram também levantados pontos de seções a cada, no 
máximo, 20 metros. 
i) Interferências  
Há necessidade de remoção e relocação de um poste de energia elétrica, 
serviço este que será de responsabilidade da CONTRATADA, a qual deverá 
solicitar apoio a concessionária de energia elétrica para execução do serviço 
antes do início da obra. 
 
4.2.2. Execução da ?cancha? 
 
Nos aterros será aproveitado o próprio material proveniente das escavações, 
desde que apresentem características uniformes e qualidades iguais ou 
superiores as previstas em projeto. 
As exigências deste item, não eximirão as construtoras das responsabilidades 
futuras com relação às condições mínimas de resistência e estabilidade que o 
solo deverá satisfazer. 
Toda a vegetação e material orgânico, porventura existentes no leito da via, 
serão removidos previamente, onde será considerada uma espessura de 10 cm 
e pago como decapagem. Todo material inadequado além destes 10 cm será 
removido, sempre a critério da fiscalização, tanto na execução como na 
profundidade e pagos a parte. 
A superfície do subleito deverá ser regularizada de modo que assuma a forma 
determinada pela seção transversal e demais elementos de projeto. 
Tanto a superfície do leito a ser aterrada, como a escavada, deverão ser 
previamente escarificadas até uma profundidade de 15 cm. 
Quando necessário, é obrigatoriamente feito o umedecimento ou secagem do 
material a compactar, até obter-se a umidade ótima. 
Quando não se dispuser de equipamento pulvi-misturador, a homogeneização 
da umidade poderá ser feita com sucessivas passagens do carro tanque 
distribuidor de água, seguido de motoniveladora, que recolherá o material 
umedecido numa leira e assim sucessivamente até ter-se todo o material 
enleirado, promovendo-se então o seu novo espalhamento para fins de 
compactação. 
Na compactação deverá obter-se a densidade mínima de 100% do ensaio 
Normal de compactação.

Após a regularização e compactação, deve proceder-se a relocação do 
eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias: 
 a) ± 2 cm em relação as cotas de projeto. 
 b) ± 5 cm quanto a largura da plataforma. 
 
4.2.3. Abertura das valas para colocação dos cordões laterais 
 
Concluída a drenagem e estando o leito conformado, com a seção e osperfiis 
de projeto, serão assentados os cordões laterais. 
 
Para o assentamento dos cordões serão abertas manualmente valas 
longitudinais localizadas nos bordos da plataforma, com profundidade 
compatível com a dimensão das peças. 
 
A marcação da vala será feita topograficamente, obedecendo alinhamento, 
perfil e dimensões estabelecidas na locação. 
 
O material resultante da escavação deverá ser depositado em local a ser 
determinado pela equipe de Engenharia da Prefeitura. 
 
 
4.2.4. Assentamento dos Cordões Laterais 
 
Os cordões laterais de contenção serão assentados no fundo das valas e suas 
arestas superiores rigorosamente alinhadas. 
 
Os topos dos cordões deverão ficar, no mínimo, 0,13 metros acima da 
superfície do revestimento. O fundo das valas deverá ser regularizado e 
apiloado. Para corrigir o recalque produzido pelo apiloamento poderá ser 
utilizado o material da própria vala que será, por sua vez, apiloado. A operação 
deverá ser repetida até atingir o nível desejado. 
 
O enchimento lateral das valas, para firmar as peças, deverá ser feito com o 
mesmo material da escavação, fortemente apiloado com soquetes não muito 
pesados para não desalinhar as peças. 
 
Não será permitido que seja executado o assentamento dos bloquetos, para 
posterior assentamento dos cordões laterais. A sequência dos serviços exige 
que primeiro seja executado o assentamento dos cordões, para posteriormente 
ser iniciada a operação de assentamento dos bloquetos. 
  
Os cordões deverão ser rebaixados nas entradas de veículos e nos 
cruzamentos com as ruas não pavimentadas. 
 
 
4.2.5. Contenção lateral 
 
Após a colocação dos cordões, a empresa deverá executar imediatamente, na

parte externa, correspondente aos passeios, a contenção lateral, de acordo 
com os seguintes padrões: 
 
a) Colocação de solo do próprio local, formando um triângulo de altura: 
0,15 metros e base: 1,00 metro, colocado atrás dos cordões que 
deverá ser compactado com soquetes manuais, quando da fase final 
da compactação da pedra; 
b) A contenção, após concluída, deve coincidir com o topo do meio-fio. 
 
 
4.2.6. Colocação do colchão de areia (aterro) 
 
Concluída a contenção lateral, será espalhada sobre o subleito compactado, 
uma camada de areia branca que deverá ser executada como segue: 
 
a) A camada será espalhada manualmente e deve atingir uma 
espessura mínima de 0,05m; 
b) O colchão de solo arenoso terá espessura variável entre 0,05m e 
0,10m, com a finalidade de corrigir pequenos defeitos do subleito. 
 
 
4.2.7. Assentamento dos bloquetos 
 
Sobre o colchão de areia (aterro) será realizado a colocação dos bloquetos 
sobre a cancha já nivelada e com a conformação do perfil da rua. Os bloquetos 
serão colocados e posteriormente compactados com placa vibratória. 
 
 
4.2.8. Rejuntamento 
 
Concluído o apiloamento, a empresa deverá executar o rejuntamento. Para 
isso, espalha-se manualmente sobre toda a superfície do pavimento uma 
camada de areia e procede-se à varrição, retirando o excesso de material. 
 
 
4.2.9. Compactação 
 
Após a conclusão do rejuntamento, a empresa deverá executar a compactação 
com rolo compressor liso de 3 rodas ou do tipo tandem, de porte médio, com 
peso mínimo de 10 ton. 
  
a) O revestimento deve ser executado em pista inteira, sendo vetado 
executá-lo em meia-pista. Não deve haver qualquer circulação de 
veículos sobre o mesmo durante a obra. Somente após a rolagem 
final, ele estará apto a receber tráfego, tanto de animais como de 
veículos automotores; 
 
b) A rolagem deverá ser feita no sentido longitudinal, progredindo dos 
bordos para o eixo nos trechos em tangente;

c) A rolagem deverá ser uniforme, progredindo de modo que cada 
passada sobreponha metade da faixa já rolada até a completa 
fixação do calçamento, ou seja, que não se observe nenhuma 
movimentação das pedras pela passagem do rolo. Esta operação 
deverá ser realizada numa primeira etapa com rolo estático, e na 
segunda etapa com rolo vibratório; 
 
d) Quaisquer irregularidades ou depressões que venham a surgir 
durante a compactação, deverão ser corrigidas renovando ou 
recolocando os bloquetos, com maior ou menor adição de material no 
colchão e em quantidades adequadas à correção do defeito 
verificado. 
 
 
4.2.10. Controle 
 
Todo o material a ser empregado deverá ser aprovado pela fiscalização 
competente, para a verificação das condições de aplicabilidade. 
 
A pavimentação não deverá ser executada quando o material do colchão 
estiver excessivamente molhado (saturado). 
 
O revestimento pronto deverá ter a forma definida pelos alinhamentos, perfis, 
dimensões e seção transversal típicas, estabelecidas pela locação sob 
orientação da equipe de Engenharia da Prefeitura Municipal de Terra de Areia. 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
5.1. O local deverá ser entregue em perfeito estado de limpeza e 
conservação. O recebimento de qualquer serviço somente se 
efetivará após inspeção e aprovação do fiscal do contrato; 
 
5.2. Todas as sobras de materiais que não serão reaproveitadas, bem 
como quaisquer entulhos resultantes da obra, deverão ser 
removidos pela contratada, e dispostas em local adequado; 
 
5.3. Os insumos a serem utilizados na obra, se solicitados pela 
fiscalização, poderão ser submetidos a testes e/ou ensaios para 
comprovação de sua qualidade, cabendo à empresa contratada, 
arcar com quaisquer despesas; 
 
5.4. Após o início da realização da obra, não serão permitidas 
quaisquer alterações quanto às especificações dos materiais e da 
execução dos serviços constantes neste memorial descritivo, 
somente serão permitidas mediante a aprovação da 
fiscalização do contrato. 
 
5.5. Qualquer alteração ou acréscimo nos serviços que demandar 
aumento de preço só será executada DEPOIS de submetido seu

orçamento E JUSTIFICATIVA à aprovação do contratante. NÃO 
SERÁ ATESTADO NENHUM SERVIÇO EXTRA EXECUTADO 
PELA CONTRATADA SEM APROVAÇÃO PRÉVIA. 
 
 
 
 
Terra de Areia, 04 de outubro de 2024. 
 
 
 
 
 
 
 
______________________________________ 
ENG. ISRAEL DA COSTA DO AMARAL 
CREA RJ 10107250 
Prefeitura de Terra de Areia / RS